segunda-feira, 7 de maio de 2012

Maus costumes na capital carioca

                                 
       D. João VI e carlota Joaquina                                                                             Caricatura de D. João sexto

    
     Quando a família real portuguesa veio ao Brasil, em 1808 fugindo de Napoleão Bonaparte, os hábitos de seus moradores eram bastante diferentes. Não eram muito higiênicos ou educados, o que enfeiava a Cidade Maravilhosa.
     Claro que a cidade era bela quando vista de longe (mas de longe!!!). Ela  tinha uma aparência bucólica que fazia harmonia com a vegetação que se encontrava ao redor. As suas casas demonstravam limpeza, como se podia ver por fora, o que lembrava as casas dos melhores vilarejos que existiam na Inglaterra, como relatou o oficial inglês James Tuckei. Mas o próprio Tuckei acrescenta que quando se entrava nas casas é que o aspecto de limpeza ia pelos ares, pois era apenas efeito do cal das paredes de fora das casas. Era só entrar e sentar à mesa para ver os ver ratos para lá e para cá. Isso ainda aliado aos costumes dos seus moradores.
     À mesa só se usava as mãos para comer. E esse costume não era só dos pobres não, o que deixou o grande pintor francês Jean Baptiste Debret impressionado. E as crianças ficavam sentadas no chão com aquela pasta que chamavam de comida nas mão, se divertindo a beça.
     Havia um outro costume à mesa que era o de colocar a mão no prato de quem estava comendo ao lado, para pegar um tiquinho de comida. Não era raro, portanto, de se encontrar dedos de pessoas diferente em um só prato. Segundo um inglês chamado Luccock esse era um gesto incontestável de amizade.
                             

                                         
   
   Nas ruas do Rio de Janeiro o mal cheiro devia emanar a beça. Por elas passavam os  tigres, que eram escravos que tinham a "honrosa" função de levar os dejetos para o mar. Esses pobres homens transportavam urina e fezes de residências e tonéis sobre as suas cabeças. Eram chamado tigres por conta das listas que tinhas em suas costas, por consequência dos trabalho deles. É que a amônia e a ureia dos tonéis, vazavam e  desciam pelas suas costas deixando marcas neles, o que lembrava as listas dos tigres.                                                                                                  
           
                     
                                                os tigre carregando tonéis de dejetos



     Doenças foram o resultado da falta de higiene no Rio de Janeiro.Eram  muitas: varíola, disenteria, elefantíase,etc. E para piorar a situação os métodos usados para a cura ministrados pelos barbeiros (os médicos da época) não eram de grande eficiência.
     Bem, isso deve não ter sido muito agradável para a corte portuguesa. Mas com o passar do tempo os costumes dos fluminenses foram mudando por conta da chegadas dela, pois a frança pouso na cidade. Eram costumes e produtos franceses cruzando o atlântico e mudando a vida da população. Não podiam deixar de vir as regras de etiqueta, e os talheres!
 Produtos e mais produtos cruzavam o atlântico chegando à cidade.
    Sobre essa onda de importações tem coisas engraçadas que posso até postar um outro dia se meu leitores quiserem.Mas vou começar a contar. É que vinham produtos que nem tinham utilidade aqui no Brasil. Vinham até patins de gelo. O que faziam com eles? Pois bem, eram usados para cortar carne.
    Assim, com o  tempo a cidade foi se maravilhando em seus costumes. O modo de vida da cidade foi aos poucos se europeizando, e se reeducando.
   Rio quem te viu, quem te vê!



    


fonte de pesquisa:    Gomes, Laurentino. 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário